Será Um Linotipo?!

keskiviikkona, syyskuuta 20, 2006

...

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No mundo definitivo
das certezas não ditas,
gritam os futuros planejados,
os quais foram, tristemente,
esquecidos.
Estão todos os estranhos, inquietos,
exigem a minha presença,
sei, sabem que sei,
mas estou preso neste céu,
cuja única vida fora transformada em sangue.
Sinto-a correr por entre meus dedos,
arranham minha garganta...
Grito.

Então, solenemente,
agarro-me ao conhecimento,
oculto-me em meus pensamentos,
sinto que o fim está próximo,
mas eu não sou eu mesmo,
ignoro-me...
Prospero.

Águas vermelhas surgem de cima,
ensangüentando-me,
peço ajuda,
mas sou negado pelo silêncio mortal,
escondo-me em lembranças
futuras, irreais, incertas, existentes...
Sinto.

Então, em meu sonho,
encontro uma saída,
entro na falsa realidade,
vivo intensamente cada segundo inexistente,
então costuro todo meu passado,
estou livre, mas não tenho liberdade...
Engano.

Retorno às catacumbas do passado,
mas a vida já não me deseja,
sorrateiramente tento não entendê-la,
mas sabe ela, todos os meus segredos,
não há risos, nem cantos,
apenas um sincero silêncio...
Desmaio.

Não acordo, estou morto,
não sei como poderei ajudar,
não sei como poderei ser ajudado,
minhas mãos foram recusadas...
Desisto.

Cortes surgem em meus braços,
o sangue escorre por todo meu corpo,
questiono-me,
afogo-me em meu próprio veneno,
agora vejo qual a falsidade,
agora sinto qual o poder...
Sou.

Torno-me um espectro ambulante,
sem razões para destruir,
sem razões para desejar,
canto em minhas vontades.
Hoje sou transparente,
meu coração é opaco,
meu cérebro vive, estando morto.
Anseio por chegar em meu lar,
lar tempestuoso,
porém,
tão solitário quanto os pensamentos
que me cercam o raciocínio...
Vazio.

Vontades ocultas cercam-me as idéias,
não sei, nem me lembro.
Vida?
Lentamente rio,
estranhamente vejo.
Abrindo meus olhos...
Renasço.

Ainda sinto a presença do decaído,
ele ainda me segura,
mas não me agarra.
Por um momento...
Sobrevivo.

Nas palavras, a vida contida,
nos encantamentos, a mentira.
No obscuro limiar da razão,
a hipocrisia escorre, como lágrimas.
Em um universo gelado,
aos sons da nova vida...
Entristeço.

Aos mares abro os olhos,
o calor de chega à vida,
assim me reconstruo,
assim me reencontro.
Os males, que antes foram feitos,
são esquecidos e jogados ao horizonte.
A aparência sorri,
o interior, chora...
Espero.

Sobrevivo ao velho ser,
destruo-me.
Canto, digo,
vivo, sou.
Sei que já estou sozinho,
sei o que me acompanha.
Ergo-me às idéias,
preparo-me para o início...
Ensaio.

De triste veio só,
o contente foi-se alerta.
Que faço?
Que pergunto?
Não vejo, abro os olhos,
enxergo,
mas não sinto.
Vozes me sussurram,
solenes.
Não as ouço...
Reparo.

O pulsar nas minhas veias
revelam o real.
Se um dia toquei o céu,
hei de provar o contrário...
Nego.

Curioso qüestiono-me,
sem descanso.
Astutos estão em toda parte,
ouvidos não hesitam.
Do infinito, me encontro.
Sendo a loucura,
abraço a razão.
Sendo a razão,
desapareço.
O tempo já não me pertence...
Atraso.

Sorrio às grandes falhas,
permaneço inquieto.
As chamas não perdoam.
Gritos me perseguem,
chamados me rodeiam.
Para isso sobrevivo?...
Refaço.

Ao longe, de toda existência,
contagio o saber,
devolvo a vontade,
exilo-me aos prantos.
Adquiro, sobriamente,
uma vontade exumada.
Que faço?...
Possibilito.

Distante, não pereço,
quietamente, focalizo,
ligeiramente, volto.
O desejo não se expande,
a vingança já passou...
Anseio

Em outra fase,
esqueci-me.
Nas coisas de hoje,
pouco do que era, sobrou.
As migalhas são destruídas.
Uma nova origem está presente.
Estranhas vozes comemoram.
Diante do palácio,
curvo-me.
Contemplo a visão...
Inconsciente.

Ao crepúsculo me desperto.
Vejo então,
o mesmo tudo, em outra face,
uma face em outra era,
o mesmo desespero, único,
a mesma verdade, inquieta.
Hoje já não há retorno.
O arrependimento se aproxima.
A própria vida se afasta,
extingüe-se.
lentamente...
Morro.

Como espero,
sou seguido.
Estando triste,
já entendo.
Mesmo chorando,
corro.
Minha hesitação já foi tamanha,
o caminho já se expandiu o suficiente,
já sofri o bastante...
Compreendo.

Subo as escadas,
incansavelmente.
Piso em meu território,
procuro-me.
Diante das infinitas portas,
diante do papel em branco,
diante do infinito...
Afogo.

A loucura me constitui,
a insanidade me atua,
a perdição me persegue...
Choro.

Dilacerando o segredo,
sugando o absoluto,
finalmente...
Amo.

por Saruska Phaneuf Stensgaård

maanantaina, syyskuuta 18, 2006

E um, e dois, e três, e um, e...


"...o coice é coice, o coice chuta, a gente cai, gente levanta, a gente vai, o coice foi, coice não vai, se coice for, coice é coice, o coice chuta, a gente cai, gente levanta, a gente vai, o coice foi, coice não vai, se coice for, coice é coice, o coice chuta, a gente cai, gente levanta, a gente vai, o coice foi, coice não vai, se coice for, coice é coice..."

lauantaina, syyskuuta 16, 2006

E quando todos os teoremas forem criados? Qual seria, pois, a diferença entre o culto-intelectual e o ignorante?



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Há quem trabalhe para a própria extinção.

Era uma vez... e apenas.


Um linotipo que falava, que ria, que matava, que mentia... e que não existia.