Será Um Linotipo?!

torstaina, marraskuuta 19, 2009

O Peito e o Lago




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Sob teus traços cordiais e lascivos, revigoro tua petulante existência, passìvamente incestuosa e sobre ela questiono a longevidade de outrora. Partimos d'um mundo e para esse n'outro. Neste caminho: tua carne, encontro tuas presas, ascendentes e descaradas. Percebo tua sede e conheço minha abundância. Logo me abraço à úmbria nefasta, e do fervor surgido, nego. Não o és para mim e nem a ti atinge. Somos outro, e seguimos adiante. Neste lago infinito e putrefato deparamo-nos. E vivemos: - "o mergulho é a vida e, sem ele, vossa existência é pária, reguila disforme!".

Não me console a verdade nem a mentira; teu julgamento é rafaméia e o que me interessa é teu pertence, e teu julgamento não pertence a ninguém. Almejo teu sabor, e para tal satisfação devoro-te à vesânia tua boca do corpo, e teus líquidos me alimentam a verve. Não me importa o fim, pois quanto mais fundo me sacio, mais a vejo e a amo. A angústia me enleva e teu gemido em ultimato, ensurdecedor, nos perece as virtudes. Transcendemos ao fim, enfim.

Sara.

maanantaina, marraskuuta 02, 2009

Hope




"Sem lamentar, senhoras, sem lamentar,
Homens decepcionam sempre;
Um pé na praia, outro no mar;
Infiéis a tudo, constantemente."

William Shakespeare

Tanathos




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"Num tempo indeterminado
A idéia que não me pertence
Não nos basta
Nem nos fere,
Nos acode as mentes.
Diante de todo o resto não me importo
O valor está noutras cousas
E talvez isso já não importe.
O que teríamos tido em qualquer outra situação
Não nos fora permitido
Ou vencido.
A batalha dos transeuntes não cessa
Sempre o mesmo rumo
Um caminho incerto
Destinos inevitáveis.
Substâncias claras permitem a colisão
Constante indiferença
E agora falo-te
E a obscuridade nos aproxima
Talvez o contrário
Talvez injustamente.
Distante desse sentimento
Sobrevivemos.
Se há profundas feridas
Podemos, então, nos deitar
E enfim,
Morrer."