Será Um Linotipo?!

maanantaina, elokuuta 10, 2009

Felicidade




Feliz, sei que cedo fenecerá, escasso sentimento.
Reluto por pensar-me eterno; penso.
Vago por ti.
Instituciono minha mente,
vejo à cega o quão breve és.

Sucessivamente tento.
Sucessivamente falho.
Errar? Não erro.

Continuo na crença imposta,
a qual dita que alegres momentos serão eternos,
que feliz será a sina, se material.
Nunca foi. Não é.

Quiçá exista, mas não em meu espaço.
Talvez exista em todas as almas,
diferentemente.
Unir-vos um dia. Hoje, amanhã.

Mais tarde sei que lamento arrependido
No amanhã, tal felicidade;
verei que feliz era hoje, errôneo.
Hei de experienciar que o tempo pode ser qualquer.
Que o descontentamento, mesmo.

Busca imperfeita acaba por ofuscar-se.
Como resultado o destino.
Seja feliz, seja morto, prece não se ouve mais.

Minha parte faço: torço, luto – não rezo.
Um dia sou feliz.
Um dia vi que fui.

Acabo por padecer, satisfeito ou não com a vida,
contente ou não com feitos, com fatos.
Do mesmo jeito sugado, decomposto.
Mais um cadáver, vida tirada não sabe-se como
Nem há de se saber.

E tormentos acometem justos,
e só justos; felizes aqueles que erram,
tristes os que não merecem.

Deus injusto corusca os ricos,
jogar-se-ão os miseráveis em itinerário comum,
sem rumo. Históricos.
Eternos.
.
.
.
.
E um abraço cheio de saudades...